Na publicação da última terça (29) em nossa página do Facebook, comentamos sobre o equívoco na configuração do Protocolo BGP que deixou parte do Japão sem internet.
Na ocasião, uma modificação equivocada em seu sistema de roteamento acabou por transformar o Google em uma companhia provedora de acesso, e sem uma estrutura interna adequada ao perfil, o tráfego acabava não sendo direcionado a lugar algum.
Mas o que é BGP?
Para falar sobre o protocolo BGP, é importante lembrar que a Internet consiste em uma “rede de redes”, que apesar de autônomas, colaboram entre si dentro de padrões tecnológicos que permitem a comunicação e o tráfego dos dados.
Chamamos as redes desse esquema “colaborativo” de Sistemas Autônomos ou AS, e estes por sua vez possuem diferentes classes, como provedores de acesso, trânsito e serviços. Apesar dos Sistemas Autônomos possuírem liberdade para definir internamente cada parâmetro e as tecnologias que utilizarão, é necessário seguir um padrão tecnológico, para viabilizar a interação com outros ASs através da internet, como um idioma comum aos demais integrantes, por exemplo. Este é o papel do protocolo o BGP.
Cada AS disponibiliza informações sobre sua rede, como endereços de IP de seus usuários e serviços, através do protocolo de roteamento BGP, que permite a construção da Tabela BGP, como um grande mapa contendo os melhores caminhos para cada destino na rede.
Até 2014, segundo o NIC.BR, a Internet contava com quase 50.000 redes ou sistemas autônomos diferentes, e quase 500.000 rotas que levam a bilhões de computadores e outros dispositivos conectados.
Recomendamos a série de vídeos do NIC.BR, com uma abordagem muito interessante o funcionamento da Internet.
Parte I
Parte II
Parte III
Parte IV