Talvez você esteja utilizando agora mesmo uma rede Wi-Fi para acessar este artigo, e se a afirmação estiver correta, então está utilizando também os padrões tecnológicos definidos pela Wi-Fi Alliance, um consórcio sediado em Austin – Texas, formado por gigantes da tecnologia como Apple, Intel, Microsoft e Dell.
Com a visão de conectar tudo e todos em qualquer lugar, a Wi-Fi Alliance tem como parte da sua missão promover uma colaboração global altamente efetiva entre as empresas associadas, bem como a adoção de suas tecnologias em todo o mundo, conduzindo, desenvolvendo e adotando padrões acordados pela indústria.
Três meses após a divulgação da vulnerabilidade Krack, que compromete a segurança de equipamentos conectados via Wi-Fi através do protocolo WPA2, com potencial de revelar todo o conteúdo da comunicação transmitida, a entidade anunciou na última segunda-feira (8) estar iniciando uma série de aprimoramentos de configuração, autenticação e criptografia em seu portfólio.
A Wi-Fi Alliance afirmou que continuará aprimorando o protocolo WPA2 para garantir uma segurança forte aos usuários Wi-Fi à medida que o cenário de segurança evolui. Novos aprimoramentos de testes também reduzirão o potencial de vulnerabilidades devido à má configuração da rede e salvaguardarão mais as redes gerenciadas com serviços de autenticação centralizada.
Com base na adoção generalizada e no sucesso do WPA2, a Wi-Fi Alliance fornecerá um conjunto de recursos para simplificar a configuração de segurança do Wi-Fi para usuários e provedores de serviços, enquanto reforçará também as proteções de segurança da rede Wi-Fi. Quatro novas capacidades para redes Wi-Fi pessoais e empresariais surgirão em 2018 como parte do Wi-Fi CERTIFIED WPA3™. Dois dos recursos fornecerão proteções robustas mesmo quando os usuários escolherem senhas que não atendam a recomendações típicas de complexidade, simplificando o processo de configuração de segurança para dispositivos que possuam interface de exibição limitada ou até mesmo nenhuma. Outra característica fortalecerá a privacidade do usuário em redes abertas através de criptografia de dados individualizada. Finalmente, uma suíte de segurança de 192 bits, alinhada com a Suíte CNSA (Commercial National Security Algorithm) do Comitê de Sistemas de Segurança Nacional, protegerá as redes Wi-Fi com requisitos de segurança mais altos, como o governo, a defesa e a indústria.
Referências
https://glo.bo/2AQ80dl, http://bit.ly/2AQShe5, http://bit.ly/2AQ9zb2