Depois de ouvir falar sobre nuvem e névoa, chegou a vez de um termo de vanguarda na tecnologia, a computação quântica, ciência que estuda as aplicações das teorias e propriedades da mecânica quântica na Ciência da Computação, tendo como foco o desenvolvimento do computador quântico.
Na computação clássica, baseada na Arquitetura de Von Neumann, há uma distinção clara entre elementos de processamento e armazenamento de dados, o que combinado a outros fatores, implica em limitações tecnológicas para a área da Inteligência Artificial, por exemplo. Para suportar uma Inteligência Artificial avançada, os computadores precisariam de grande potência e velocidade, de maneira a resolver cálculos complexos como a fatoração em primos de números muito grandes, logaritmos discretos e simulação de problemas da Física Quântica.
Apesar da Lei de Moore afirmar um aumento de duas vezes no potencial dos computadores a cada 18 meses, tal evolução pode encontrar uma barreira, um ponto onde não será possível sustentar tal ritmo evolutivo sem que ocorra uma revolução na computação como conhecemos. Os estudos em Computação Quântica ganham assim grande relevância ao passo que a necessidade de máquinas muito mais eficientes aumenta a cada dia.
Uma característica marcante no modelo da computação quântica é o fato de que enquanto a computação que dispomos hoje em nossos PCs trabalha com códigos binários, usando impulsos na forma de 0 ou 1 (bits) para executar tarefas, a computação quântica pode assumir os estados de 0 e 1 simultaneamente (qubits). Essa superposição de estados torna possível que o processamento supere o modelo sequencial, tornando-se simultâneo, levando a uma incrível otimização. Imagine o computador como já conhecemos, útil para realizar diversas tarefas complexas, com a capacidade de processar diversas questões de complexidade extrema simultaneamente. Em outras palavras, será facilmente muito melhor do que você pôde imaginar!