Repare que ler esta matéria em um meio digital é tão natural, que não paramos para pensar sobre como a informação chegava até nós há algumas décadas. Muitos gadgets tecnológicos não existiam, ou eram restritos a quem tinha um elevado poder de compra. Naquela época, pensar além do papel e das formas tradicionais de atendimento ao cidadão não fazia sentido, então, visitar cartórios, órgãos públicos e carregar documentos físicos faziam parte da rotina.
Acontece que, conforme os anos se passaram e fronteiras caíram com a globalização, a tecnologia ganhou território e se popularizou muito. Neste processo tão intenso, em 2018, 84% das famílias Filipinas tinham ao menos um aparelho celular, enquanto apenas 70% dispunham de vasos sanitários em suas casas.
Já caminhamos há bastante tempo rumo à digitalização, mas a pandemia que impactou o planeta no final de 2019 acelerou o processo, ampliando a sensação do mundo moderno sobre a necessidade de que tudo, ou quase tudo, precisa se apresentar como uma experiência digital para o consumidor moderno e hiperconectado.
A ideia de modernização da experiência de consumo atingiu não só a iniciativa privada, mas também os governantes, que precisaram se comprometer com a construção do que podemos chamar de governos digitais. Hoje, o GovTech Maturity Index, desenvolvido pelo Banco Mundial, avalia e ranqueia governos através de uma análise de quatro principais áreas da transformação digital no setor público:
- Sistemas governamentais centrais,
- Prestação de serviços públicos,
- Engajamento do cidadão e
- Facilitadores GovTech.
Nos últimos anos, o Brasil ultrapassou 70% dos serviços digitalizados, e almeja atingir a totalidade até o final de 2023. Neste cenário, o país já havia sido reconhecido como o 7º líder mundial em governo digital, no ranking GovTech Maturity Index 2020, que avaliou 198 países no contexto da transformação digital.
Observar o Brasil à frente de países como Austrália, Noruega e Canadá, destaca o valor dos esforços realizados para a construção de plataformas que centralizem soluções para o cidadão. Através do Gov.br, o Governo Federal atende mais de 107 milhões de brasileiros, inspirando governos locais a assumirem o desafio, otimizando a entrega de serviços através da digitalização.
É fundamental que gestores públicos compreendam a importância da utilização de estratégias digitais, tendo como referência países como a Dinamarca, que introduziu em 2016 uma abordagem em que todos os cidadãos (salvo algumas exceções) devem utilizar serviços públicos online e receber e-mails, ao invés de realizar envios físicos ao governo.
Governos digitais proporcionam, entre outros benefícios, maior eficiência, economia de recursos, transparência e qualidade de vida para o cidadão, enquanto reduzem a burocracia resultante de processos ultrapassados e o impacto sobre o meio ambiente, através de uma operação mais limpa e sustentável.
A Dstec reúne profissionais especializados e mais de uma década de experiência na criação e implementação de soluções para a digitalização de órgãos públicos. Conte com a gente para otimizar resultados, processos e a experiência do contribuinte.